Os Quatro Temperamentos na Antroposofia
Os Quatro Temperamentos na Antroposofia: Um Guia para o Autoconhecimento
Os temperamentos são um conceito que desperta grande interesse, especialmente quando buscamos entender melhor nossas características e comportamentos. Na Antroposofia, os quatro temperamentos – colérico, sanguíneo, melancólico e fleumático – são ferramentas poderosas de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, com aplicações práticas que podem transformar nossa vida cotidiana.A História dos Quatro Temperamentos
A teoria dos quatro temperamentos tem suas raízes na Grécia Antiga, desenvolvida por filósofos como Hipócrates e Galeno, que associaram cada temperamento aos humores corporais. Mais tarde, o filósofo e educador Rudolf Steiner trouxe uma visão ampliada desse conceito dentro da Antroposofia, abordando o ser humano de maneira integral, considerando corpo, alma e espírito. Na visão antroposófica, os temperamentos são expressões de nossos instintos mais viscerais, de nossa natureza pura e influenciam a forma como interagimos com o mundo e com os outros. Eles representam uma chave essencial para o autodesenvolvimento, permitindo-nos identificar padrões e buscar o equilíbrio interior.Características dos Quatro Temperamentos
Cada um dos quatro temperamentos – colérico, sanguíneo, melancólico e fleumático – possui características únicas que moldam nossa personalidade e forma de reagir ao mundo e às situações do cotidiano:- Colérico: Pessoas com o temperamento colérico são marcadas por uma forte vontade e grande energia. São líderes natos, proativos e determinados. No entanto, sua impulsividade pode gerar conflitos se não for equilibrada. Um colérico se beneficia ao trabalhar a paciência e a compreensão dos outros.
- Sanguíneo: O sanguíneo é extrovertido, social e adaptável. Sua natureza leve e alegre o torna ótimo para ambientes dinâmicos. No entanto, a dificuldade de manter o foco por longos períodos é uma característica comum do sanguíneo, que precisa desenvolver a persistência e a disciplina.
- Melancólico: Profundamente reflexivo, o melancólico é introspectivo e busca constantemente o sentido das coisas. Sua tendência ao pessimismo pode ser um desafio, mas sua capacidade de análise profunda é uma força valiosa. O melancólico precisa cultivar o equilíbrio emocional para evitar se afundar em sentimentos negativos.
- Fleumático: O fleumático é o temperamento da calma e da estabilidade. Ele valoriza a paz e a tranquilidade, sendo resistente a mudanças. Embora sua natureza serena seja uma força em situações difíceis, ele pode ser visto como indiferente ou apático, precisando trabalhar a motivação para ação.
Por que Conhecer os Quatro Temperamentos é Importante para o Autodesenvolvimento?
Compreender o seu temperamento predominante e o daqueles à sua volta é um passo crucial para o autoconhecimento e crescimento pessoal. Na Antroposofia, esse entendimento nos ajuda a identificar pontos fortes e desafios em nossa personalidade, oferecendo um caminho claro para o equilíbrio emocional e uma vida mais harmônica. Além disso, os temperamentos fornecem uma estrutura prática para melhorar as relações interpessoais. No trabalho, por exemplo, pode ser útil identificar os temperamentos de colegas para promover uma melhor colaboração em equipe. Em casa, conhecer os temperamentos dos membros da família pode aumentar a empatia e o respeito mútuo.Como os Quatro Temperamentos Impactam o Cotidiano?
A aplicação prática dos quatro temperamentos vai além do autoconhecimento. No dia a dia, esse entendimento pode melhorar seus comportamentos e atitudes em várias áreas, como:- Relações profissionais: Saber como diferentes temperamentos reagem a situações de pressão pode ajudar a evitar conflitos e melhorar a cooperação.
- Vida familiar: Entender os temperamentos em sua família pode facilitar a comunicação, aumentar a tolerância e criar um ambiente mais harmonioso.
- Autodesenvolvimento: Com base em seu temperamento, você pode estabelecer estratégias mais eficazes para atingir seus objetivos pessoais, desenvolver novos hábitos ou superar desafios emocionais.
Equilibrando os Temperamentos
O ideal, segundo a Antroposofia, é buscar um equilíbrio entre os temperamentos. Ninguém é 100% colérico, sanguíneo, melancólico ou fleumático – todos nós temos aspectos de cada um desses tipos. Reconhecer essas diferentes forças dentro de si e saber quando usar cada uma delas é o segredo para o verdadeiro autodesenvolvimento. Uma linda frase de Rudolf Steiner reflete bem essa ideia do equilíbrio: "O ideal é que tivéssemos a vontade do colérico, a profundidade do melancólico, a leveza do sanguíneo e o ritmo do fleumático”Um Caminho para o Autoconhecimento
Os quatro temperamentos são uma ferramenta poderosa que a Antroposofia nos oferece para aprofundar nosso autoconhecimento e promover o equilíbrio emocional. Ao integrar esse conhecimento na vida cotidiana, podemos melhorar nossas relações, tomar decisões mais assertivas e crescer como indivíduos. Descobrir e compreender o seu temperamento predominante pode ser o primeiro passo para transformar sua vida de forma consciente e intencional. Então, qual é o seu temperamento? Se quiser saber mais sobre o tema, ouça o nosso podcast #22 SOU, POR NATUREZA, clicando aquiBiografias Incríveis: Satish Kumar
Biografia Incríveis: Satish Kumar
A vida é mesmo um fenômeno inspirador.
Tenho me debruçado sobre diversas biografias de personalidades importantes e a cada uma delas fico instigada a me perguntar "O que há em comum entre essas histórias de vida? O que fez essa individualidade escolher conduzir sua vida de determinada maneira? Quais sementes ela plantou para colher aqueles resultados? De onde vem a força desse indivíduo para construir esse legado e deixar essa mensagem para a humanidade? ". O ambientalista indiano Satish Kumar é uma dessas personalidades instigantes e inspiradoras. O trabalho e ativismo de Satish Kumar estão ligados à busca por promover uma visão de mundo não violenta e ecológica, baseada no entendimento de que somos a Natureza e não estamos separados dela. E a biografia de Satish nos mostra como ele construiu sua história, a partir dos convites que a vida lhe fez e ainda faz. O estudo da biografia humana nos propõe uma forma de pesquisar e investigar a vida a partir de ciclos de 7 anos, os setênios. Cada Ser Humano tem sua vida única, sua experiência intransferível e pode ser o protagonista de seu caminho de vida. No entanto, esse caminho também tem traços que são comuns a todos nós. O que chamamos de um caminho arquetípico e nos apresenta um padrão ou um conjunto de desafios e oportunidades aos quais todos estamos sujeitos a enfrentar. O que muda é a maneira como decidimos enfrentá-los. A cada ciclo de 7 anos, as leis da biografia humana nos apresentam um cenário e ferramentas para nosso desenvolvimento naquele período. E com isso, podemos perceber marcos importantes que podem mudar o rumo de nossas vidas. Se estivermos atentos a esses marcos, nos tornamos cada vez mais os roteiristas de nossas histórias. Satish Kumar é um grande roteirista de sua própria história, que foge do trivial. Nascido em 9 de Agosto de 1936, no Rajastão na Índia e filho de uma mãe amante da Natureza, Satish cresceu inspirado por essa força da vida, a grandeza da Natureza e nossa relação intrínseca com ela. Essa combinação cultural de local de nascimento, com a figura inspiradora da mãe trouxe um fio condutor para a vida de Satish. Logo na primeira infância, o pai de Satish falece e isso o faz ter questionamentos sobre a morte. Aos 9 anos, Satish se torna monge jainista (o Jainismo é uma das religiões mais antigas da Índia), com o propósito de descobrir uma forma de compreender e evitar a morte. Essa experiência é bastante simbólica já que acontece justamente no período chamado de Rubicão, quando a criança por volta dos 9 anos, sofre sua primeira crise existencial, passa a se perceber como um Ser finito e separado dos outros e portanto, começa a se fazer as perguntas existenciais que a acompanha durante toda a vida. Aos 18 anos na biografia, todo jovem atravessa o primeiro nodo lunar e o impulso que traz ao nascer, fica mais claro. É uma oportunidade de se escolher como se quer seguir na vida, o que quer realizar. No caso de Satish, o questionamento do nodo lunar é representado por sua ruptura com a vida monástica e sua decisão por se aproximar dos ensinamentos de Mahatma Gandhi e a luta não violenta."Violência surge a partir do medo. E a paz, surge a partir da confiança"
Com essa máxima, aos 26 anos em 1962, Satish Kumar sai em uma peregrinação que dura 2 anos e meio com o objetivo de passar pelas principais capitais protagonistas da ameaça nuclear, levando uma mensagem de paz. Nessa viagem, Kumar exercita a confiança e as "armas" da não violência em seu nível máximo, já que sai sem nada de dinheiro, na esperança do apoio e suporte das pessoas que encontraria no caminho. A partir dessa peregrinação, Satish vai dar forma ao seu ativismo dali pra frente. E é interessante notar que essa viagem tão importante de sua vida, coincide com o fim de mais um setênio, próximo dos 28 anos, em que geralmente, nos questionamos sobre nossos talentos, nossa contribuição pro mundo e começamos a lapidar nosso servir. Em 1971, aos 35 anos e em mais um início de setênio, Satish conhece sua esposa June e se muda definitivamente para a Inglaterra. Mesmo tendo nascido na Índia, é no Ocidente e principalmente na Inglaterra que Satish encontra seu lugar no mundo para realizar sua tarefa cármica e espiritual. Vivendo na Inglaterra por mais de 50 anos, Satish diz que aprendeu sobre o paradigma ocidental materialista e cartesiano, que nos separa uns dos outros e da Natureza. E sua luta e ação é para que aprendamos a vivenciar outro paradigma que é da união, conexão e amor. Satish é portanto, um grande mensageiro do Oriente para o Ocidente. Satish tem sua própria definição do que é o amor "Amor é a aceitação daquilo que é. Daquilo que o outro é, sem julgamentos. E também daquilo que sou. Assim como sou, sou suficiente". Mas junto de sua própria visão, Satish sugere que cada um de nós, a partir de sua vivência e perspectiva, elabore a sua própria definição do que é o amor. E nos provoca: "Eu ajo a partir do amor e deixo nas mãos no Universo o resultado!". Satish sempre foi motivado pela ação, pela prática e diz que sempre se viu como um ativista e quer ser até seu último dia aqui na Terra. Seu trabalho inspira milhares de pessoas e tem suas sementes plantadas de diversas maneiras. Uma delas a Escola Schumacher de estudos ecológicos, criada na Inglaterra, que promove uma educação transformadora para uma vida sustentável. Incrível pensar que, uma semente de amor à Natureza plantada no coração do pequeno Satish por sua mãe, tenha hoje, tanto impacto na vida de diferentes gerações ao redor do mundo todo. A história de vida e do ativismo de Satish Kumar é impressionante e inspiradora. A plataforma de streaming Aquarius disponibiliza em seu catálogo o documentário Teaching Nature e se prepara para a estreia exclusiva do documentário biográfico Amor Radical sobre a vida e trabalho de Satish Kumar, que acontece no segundo semestre de 2024. Através de sua biografia, Satish nos convida a abraçar o paradigma do amor e da mudança, através de pequenas ações individuais e nos provoca a viver a partir da célebre frase de Mahatma Gandhi "Seja a mudança que você quer ver no mundo.".Nunca percebi a menopausa da minha mãe
Nunca percebi a menopausa da minha mãe
O universo feminino ainda é bastante desconhecido. Até mesmo para nós mulheres, compreender os fenômenos do nosso corpo e nossa maneira de estar no mundo, nem sempre é tarefa fácil. Não faz tanto tempo assim que como sociedade começamos a prestar atenção e trazer pra conversa, temas que tanto impactam a vida das mulheres, quando se trata das fases de desenvolvimento de corpos femininos. Menstruação e menopausa em muitos ambientes, ainda são tabus e sendo assim, coletivamente temos certa dificuldade de falar abertamente sobre esses dois grandes marcos do desenvolvimento das mulheres. A boa notícia é que isso vem mudando, que bom! E cada vez mais temos acesso a conteúdo e informação de qualidade para nos apropriarmos de características tão nossas e aos poucos aprender a olhar para elas como um fator de potência. Recentemente, me dei conta que o tema menopausa ainda não faz tão parte da minha vivência. Sou uma mulher de 40 anos que ainda não chegou nessa fase. Mas notei que mesmo a menopausa de mulheres muito próximas a mim, como minha mãe, minhas tias e minhas avós, passou assim, digamos, despercebida. Acredito que isso, em parte, porque não temos o costume de falar tanto sobre isso, temos pouca informação de qualidade e vemos somente o lado negativo, os sintomas que incomodam. Também percebi que sem falar sobre o tema mais abertamente, perdemos a oportunidade de praticar a empatia e compreensão com as mulheres à nossa volta, que atravessam essa etapa da biografia, que todas nós iremos passar. Fiquei refletindo então sobre, o que será que essas mulheres ao meu redor vivenciaram nessa fase? Quais foram seus desejos, quais foram suas angústias? O quê essa transformação provocou nelas de forma mais ampla? Que tipo de apoio gostariam de ter recebido? Conversando com algumas delas fica evidente que se soubéssemos mais sobre esse fenômeno, poderíamos ser rede de apoio umas às outras.Um grande portal de transformação
Para além dos sintomas físicos mais conhecidos como os calorões, as mudanças de humor, no formato do corpo e claro, o fim da menstruação, a menopausa traz outros acontecimentos que não só na dimensão física das mulheres. Transformações também em aspectos emocionais, psíquicos e por que não, espirituais. Nossa biografia é um grande fio, um suceder de acontecimentos, com eventos importantes e impactantes. A cada fase da vida são revelados novos convites e oportunidades para nosso autodesenvolvimento. De um lado, conforme a idade avança, o corpo físico muda e pede adaptações, vai perdendo sua vitalidade. Por outro lado, nossa alma e nosso espírito têm a possibilidade de crescer e amadurecer. Olhando por esse prisma, podemos ressignificar a fase de vida das mulheres que acompanha a menopausa. E se olhássemos para ela, como um grande portal de transformação, um encerramento de um ciclo e o início de outro? A menopausa também pode vir acompanhada de uma revisão de valores, de prioridades, uma revisão do que a partir dali é essencial para cultivar mais qualidade de vida. Que nova mulher surge com a menopausa? Novos desejos, novos projetos, novas perspectivas? Sonhos que foram adiados, podem ser retomados? A menopausa pode ser um grande convite à autodescoberta. Mas pra tudo isso, um fator é crucial. O conhecimento e a informação. Conhecimento é poder. Conhecendo o que está por vir, é possível fazer escolhas mais conscientes e adotar estratégias para lidar com os sintomas e com as mudanças inerentes ao processo. Será que é possível encarar a menopausa como uma oportunidade de autodesenvolvimento? Essa é a pergunta que norteia nossa conversa no episódio #53 MENOPAUSA: tempo de sabedoria e evolução espiritual, do nosso podcast. Clique aqui para ouvir o podcast. Nossa convidada é a Dra Catia Chuba, ginecologista e obstetra ampliada pela Antroposofia, que compartilha suas vivências pessoais com o tema e também como tem acompanhado mulheres atravessarem essa etapa da vida, em sua prática médica. Uma coisa é certa: ninguém precisa caminhar sozinha por essa transição! Troque experiências, converse, acolha sua vulnerabilidade e aproveite o poder dessa fase. E se você assim como eu, ainda não chegou lá, se informe, conheça, aprenda. Que a gente se permita acolher esse renascimento da mulher com conhecimento e empatia.O que é Antroposofia?
História e Fundamentos
Rudolf Steiner, um filósofo austríaco, desenvolveu a Antroposofia como resposta às necessidades espirituais e sociais de sua época. Influenciado por diversas correntes de pensamento, incluindo o idealismo alemão e a teosofia, Steiner procurou criar uma abordagem que integrasse ciência, arte e espiritualidade em uma linguagem compreensível para o mundo. A Antroposofia propõe que cada ser humano possui um Eu espiritual que pode ser desenvolvido e aprimorado através do conhecimento, da experiência e da autoeducação.Princípios Básicos da Antroposofia
A Antroposofia aborda diversos aspectos da vida humana, incluindo:- Educação: A pedagogia Waldorf, inspirada na Antroposofia, enfatiza o desenvolvimento holístico da criança, respeitando seu ritmo e necessidades individuais, com o objetivo de educar para a liberdade.
- Agricultura: A agricultura biodinâmica, um método de cultivo desenvolvido por Steiner, busca promover a saúde do solo e das plantas através de práticas sustentáveis e respeitosas com o meio ambiente.
- Saúde e Medicina: A medicina antroposófica combina a medicina convencional com abordagens integrativas e ampliadas, visando tratar não apenas os sintomas, mas também a causa subjacente das doenças. Além da prática médica, a Antroposofia apresenta diversas abordagens terapêuticas que ampliam o olhar e cuidado para o fortalecimento da saúde e a consciência sobre os processos das doenças.
- Arte e Cultura: A Antroposofia valoriza as manifestações artísticas como um meio de desenvolvimento espiritual, promovendo uma abordagem estética e criativa para a vida.
- Desenvolvimento Social: Rudolf Steiner introduz também novas ideiais para a organização social, através do que ele denominou de Trimembração do Organismo Social e que propõe uma revisão e um novo paradigma para as relações sociais, culturais, econômicas e jurídicas, buscando assim uma sociedade mais harmônica nos âmbitos da igualdade, liberdade e fraternidade. Essas ideias se concretizam em ações dentro de organizações, comunidades, empresas, escolas com o objetivo de alcançar o desenvolvimento social sustentável.
A Importância da Antroposofia Hoje
Mesmo depois de quase 1 século de sua criação, a Antroposofia continua a influenciar diversas áreas, como educação, saúde, agricultura e artes. Sua abordagem integrada e holística ressoa com a busca contemporânea por um estilo de vida mais equilibrado e sustentável. Muitas pessoas encontram na Antroposofia uma fonte de inspiração para viver de forma mais consciente e em harmonia com a natureza e consigo mesmas. As demandas sociais, culturais, econômicas e individuais de nosso tempo podem encontrar caminhos e alternativas à luz da Antroposofia e de sua compreensão do desenvolvimento da sociedade e do cosmos. A Antroposofia oferece uma visão rica e multifacetada sobre a condição humana, propondo um caminho de autoconhecimento e desenvolvimento espiritual. Ao integrar ciência, arte e espiritualidade, esse movimento filosófico se apresenta como uma alternativa valiosa para aqueles que buscam um entendimento mais profundo da vida e de seu propósito. O Mercúrio Antroposofia nasceu como um despretensioso podcast e agora segue apoiando pessoas não só com conteúdos e ferramentas relevantes, mas também com cursos, atendimentos e facilitação de processos pra que ninguém caminhe sozinho nessa jornada do autodesenvolvimento. Se você deseja conhecer mais sobre o assunto, entre em contato conosco! Aproveite e siga-nos em nossas Redes Sociais e Podcast.Metaverso e eu
Talvez alguns de vocês já tenham ouvido falar em METAVERSO...
Para quem ainda não tem a certeza do que é, vou te explicar. Eu não...a wikipédia. Metaverso é a terminologia utilizada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. É um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de "realidade virtual", "realidade aumentada" e "Internet".
Quando eu entendi do que estávamos falando, confesso que meu coração acelerou, as mãos não paravam de suar e me bateu um pavor de pensar como será o mundo quando esse tal de metaverso estiver presente.
Eis que para minha surpresa descobri que ele já está bem presente. Pessoas criam seus avatares no metaverso e compram bolsas de marca de R$ 4.000,00 para os seus avatares irem a um desfile de moda. Bolsa essa que não existe fisicamente!!! Sim, tem pessoas que pagam esse valor por uma bolsa virtual.
Terrenos são vendidos, casas são construídas no metaverso e avatares de seres humanos habitam esse universo paralelo. MEU DEUS!!!
Fato é que não podemos negar essa realidade, fingir que ela não existe, ignorá-la. O que temos que fazer é nos prepararmos para a vida que abarca essa realidade.
Em uma palestra feita pelo Walter Longo, ele nos apresenta as razões potenciais do metaverso, ou seja, pq ele acredita que o metaverso vai bombar nos próximos anos. As razões são essas:
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Pessoas querem ser o que não são
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Pessoas gostariam de ter outra vida
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Pessoas não estão satisfeitas com suas aparências
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Pessoas fingem ser diferentes
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Pessoas querem que outros as achem melhores do que elas são
Que atire a primeira pedra quem aqui leu e não se identificou com, pelo menos, uma dessas razões...
Tá Carla, mas e agora? Nós estamos todos fadados a nos encontrarmos apenas no universo paralelo que o metaverso vai nos trazer? Não teremos mais encontros físicos, abraços apertados, um chá quentinho pra compartilharmos na "vida real"?
Eu acredito piamente que não estamos fadados a isso. Maaaaas temos um caminho a percorrer como humanidade.
Um caminho em que precisamos nos acolher e nos aceitar como realmente somos. Um caminho que precisamos aprender a gostar da nossa vida real, com todos os perrengues que ela tem. E darmos graças por termos esses perrengues pois são eles que nos ajudam a melhorar como seres humanos. Um caminho que a gente se satisfaça com o corpo real que temos, com as celulites, estrias, gordurinhas e tudo o mais. Um caminho que nos permita sermos quem somos, honrando a nossa biografia e sendo autores das nossas próprias vidas. Um caminho em que a gente encontre o equilíbrio entre a opinião dos outros e a nossa própria opinião.
E é para construir esse caminho que eu trabalho, que eu erro, que eu acerto, que eu choro, que eu dou gargalhadas, que eu vivo!!
Bora construir esse caminho comigo?
Com esperança, Carla Latini
Amor transformador
O que mudou em você, depois de se tornar mãe?
Quando eu ouvia "Ter filhos te faz enxergar o mundo de um jeito diferente…” ou então “aprendi com meu filho o que é o mais importante na vida”, eu tinha dificuldade de compreender, não entendia o que isso significava, parecia uma coisa meio “encantada”, frases de alguém mto apaixonada, quase como se estivesse cega. E na época, que eu ainda não tinha passado pelo portal da concepção, gestação e parto dos meus filhos eu achava que nunca seria essa pessoa que repetiria essas frases que traduzem o “antes” e o “ depois” dos filhos.
Ser mãe nunca foi um sonho, eu não idealizava essa fase da vida, mas tampouco tinha noção do que significava.
Mas aí minha vez chegou, sem mesmo que eu sonhasse tanto com a transformação interna a partir da maternidade...mas ela veio e me acertou em cheio. E ainda me acerta, diariamente.
E então eu percebi que essa história de criar filhos é na verdade uma grande possibilidade de transformação, de evoluir, de pensar a partir de um novo ponto de vista, é sentir coisas sem explicação e querer ser um pouquinho melhor, cada dia, mas também se sentir péssima em muitos momentos do processo. A frase "confia no processo" me apóia nesse turbilhão.
Mas sem querer romantizar, sem querer também colocar nos filhos a responsa de fazer os adultos serem seres melhores. Se autoconhecer, se autodesenvolver pressupõe estar disposta a passar perrengue, a enfrentar desafios...doloridos muitas vezes. Daqueles que você pensa "por que me meti nisso?"...
Não sei você, mas junto da maternidade, eu ganhei novas palavras no meu dicionário pessoal: comunidade, pertencimento, cumplicidade, sororidade, rede de apoio, intuição. O maternar me faz afinar minha visão de mundo, me faz questionar valores, questionar demandas.
Para abrir o ano de 2022, recomeçamos o podcast Mercúrio com um episódio falando de maternidade, de desconstrução das adultas que somos, de coerência, de ritmos, de homeschooling, de pedagogia Waldorf e claro, de autodesenvolvimento.
Nossa convidada do papo é Camila Carpentieri, idealizadora do projeto Mundo Pra Elas, que já viajou mais de 9000km pelo Brasil conhecendo escolas e projetos transformadores na área da educação. Ela compartilha suas vivências no homeschooling e o processo de desconstrução do adulto pra tornar isso possível.
O que acontece na pausa
Você já parou pra pensar em tudo que viveu esse ano?
E já parou pra refletir sobre a importância de pausar, de cessar o movimento e olhar pro seu mundo interno?
A Natureza nos mostra em toda a sua exuberância e abundância, o valor dos ritmos, dos ciclos, dos processos saudáveis e equilibrados. Eles nos mostram a cada dia, o que seria uma maneira saudável, orgânica de passar pelas horas, pelos dias, semanas e meses.
Amanhecer, entardecer, anoitecer, sol, lua, dia e noite. Ou seja, tudo que começa, termina e assim sucessivamente. Tudo é movimento, fluido, harmônico e natural.
E junto do movimento, vem também a pausa!! Junto da expansão, vem a contração. E esse é o segredo para o equilíbrio dinâmico que a nossa vida pede. Quando a gente pausa, a gente experiencia o silêncio, o cessar de movimentos, descansamos o pensar, percebemos melhor o sentir pra então elaborar um agir mais coerente. É na pausa que também permitimos a criatividade aflorar e sem os ruídos externos conseguimos ouvir o que o nosso mundo interno pede.
Por isso, tão importante quanto o movimento, é também a pausa, porque dali vai surgir o novo, vitalizado, cheio de energia. É no espaço vazio, na pausa, que novas ideias, sonhos, projetos e possibilidades podem florescer. Pois é, é no NÃO FAZER, que permitimos nossa alma criar pra depois trazer pro mundo!
Em um mundo medido pela produtividade, isso parece paradoxal. Mas perceber e vivenciar isso é bastante revelador. Quando não se sabe o que fazer, que caminho seguir, PAUSE! Espere, leve pro sono, durma com isso!
E o nosso convite é para que você possa pausar, pra desligar, desconectar um pouco do mundo externo. Pra você ouvir com consciência o que seu EU, seu mundo interno te pede pro ano que vem, pra esse novo ciclo que começa.
Então, celebre a pausa, desfrute do descanso do corpo, mente e espírito para que você abra espaço e receba o novo ciclo cheio de esperança, calor, saúde e vitalidade.
Grande beijo, Carla & Debora